domingo, 19 de dezembro de 2010
Parada olhando para as páginas em branco ,
procuro por algo dentro de mim para tranformar em palavras, mas não encontro. Não encontro porque não possuo sentimento algum que possa ser descrito ou expressado nem sequer em arte abstrata. E isso dói.
Parada olhando para uma lista de nomes, fico surpresa com o fato do seu estar sempre negrito.
Parada olhando para o espelho, vejo o reflexo de uma menina de cabelos castanhos, vocabulário apurado, capacidade de transformar as palavras em literatura boa ou ruim, sentimentos amontoados e a dificuldade em juntar todas essas coisas em uma só.
Me identifico mais com palavras alheias do que com as minhas próprias, e isso também dói. Porque nunca achei que chegaria ao ponto de não conhecer nem a mim mesma.
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